Após trinta anos de estrada na banda Skank, Samuel Rosa lança carreira solo. Seu primeiro álbum, “Rosa”, já está disponível em todas as plataformas digitais e o lead single, “Segue o jogo”, foi lançado no início do mês. Em coletiva de imprensa, o cantor explicou porque decidiu seguir sua carreira sozinho. “Sinto que cumpri meu ciclo na banda e agora quero ser eu, só pra mim.”
“Rosa” contém dez canções que foram compostas pelo próprio Samuel e coproduzidas por sua nova banda. O processo de criação do álbum foi o seguinte: dentre janeiro e fevereiro deste ano, religiosamente na parte da manhã, o músico se isolava e fazia o que chama de ‘composição induzida’. “Era disciplina mesmo, eu me comprometi a chegar todos os dias com uma música nova de tarde e mostrar para banda, ainda que fosse ruim, boa, média, sem julgamentos”, conta ele. O grupo é formado por Doca Rolim (violão e guitarra), Alexandre Mourão (contrabaixo), Pedro Kremer (teclados) e Marcelo Dai (bateria e percussão).
O primeiro single do novo trabalho segue na pegada pop, já conhecida do Skank, mas afinal, como poderia ser diferente? A banda sempre teve a marca registrada de Samuel como seu compositor majoritário. Em recente entrevista para a revista Metrópole, o cantor comentou sobre as comparações em sua sonoridade. “Vi gente falando ‘Ah, mas essa música do Samuel remete ao Skank’. Queriam que remetesse ao que? (...) Acho que o Skank não foi uma banda que cristalizou em um som só, existia uma inquietação, uma vontade de fazer tudo.”
Sobre seu novo trabalho, Rosa explica: “É um álbum um pouco mais brasileiro, comparado às últimas composições que fiz com o Skank. É um disco bem raiz, com a banda gravando ali no estúdio. Acho que tem muito de Erasmo Carlos, reggae em outros momentos, alguns traços do Clube da Esquina.”
Durante a entrevista, o cantor mineiro resume o trabalho de uma maneira leve e certeira. “É um disco bem ensolarado, tem diferentes vertentes que é a marca do meu trabalho como compositor.” E dentre as dez composições de “Rosa”, ele destaca seu top 3: “Não tenha dó”, “Segue o jogo” e “Ciranda seca”.
“Segue o jogo”, lançada no início de junho, por enquanto ainda é o único single trabalhado do álbum. Quando perguntado sobre as diferenças entre o cenário musical hoje em dia comparado ao início de sua carreira, Samuel é assertivo. “Eu sou de uma outra época, ainda gosto de banda, música com introdução, parte A, parte B. Hoje em dia é tudo muito rápido, muito frenético, mas eu não sei fazer música assim. Não vou lançar um novo single por semana.”
O pop segue sendo a principal vertente de assinatura de Samuel Rosa e continua sendo também a trilha sonora perfeita para momentos especiais ou um fim de tarde ou até mesmo no caminho até o trabalho. Essa é a receita para o sucesso de um músico consolidado há três décadas e que agora inicia uma nova fase de autoconhecimento desbravando a carreira solo. “Gosto muito da frase que ouvi em um filme: para chegar na felicidade, às vezes é preciso flertar com a infelicidade. Tive momentos difíceis, mas também tenho vivido alegrias extremas nessa nova fase.”
תגובות